quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

Conselho de especialista

Não é hora de mudar de emprego

Especialistas afirmam que esse é o momento de aguardar os rumos que a crise econômica mundial irá tomar nos próximos meses e sugerem cautela aos profissionais

RUBENS SANTANA

A crise econômica mundial adiou os planos de mudança de emprego de muitos trabalhadores. A vontade de partir para uma nova experiência profissional está sendo encarada com cautela e, segundo os especialistas, esta é a hora de permanecer no emprego ou esperar as definições da crise nos próximos meses. Para os que vão continuar na mesma empresa, a dica é adaptar-se às mudanças. Os que têm esta característica possuem mais chance de continuar no mercado de trabalho.

A afirmação é de Kátia Mestriner, psicóloga clínica e organizacional, que acredita ser este um momento arriscado para a mudança de emprego. "A medida é geral, mas claro que há alguns setores que são exceção, pois não serão afetados com a crise", afirma.
Segundo ela, quando se está no meio do ‘furacão’, e não se sabe as conseqüências, é preciso esperar. "Mas é em momentos de crise que aparece a necessidade de mudança na mesma empresa onde se está. Então, estratégias e desafios novos podem surgir também à pessoa empregada", ressalta.

A dica da psicóloga é aproveitar a mudança para o crescimento qualitativo do trabalho e propor novas idéias, inclusive, para ajudar a empresa a evitar os problemas causados pela crise. "A orientação é apontar propostas para lidar com o cenário atual por parte dos trabalhadores", diz. Mas aos empresários a dica é realizar uma análise criteriosa de quem deve ou não permanecer na empresa. "A avaliação deve ser rigorosa, valorizando as pessoas que mais se adaptam às mudanças. Estas não fazem parte do problema, mas da solução diante da crise", afirma.
Um trabalhador da área de relações públicas, que preferiu não se identificar, está em busca de uma nova oportunidade no mercado e diz que não tem medo da crise. "Vou continuar procurando, mesmo empregado. Mudarei sem medo", aponta ele que está há cinco anos na empresa. O profissional diz que enfrenta problemas com a chefia, além da falta de valorização salarial. "Outro problema é que não há plano de carreira onde atuo, por isso quero oportunidade em outra organização", relata. Aos 26 anos, o jovem diz que vai tentar, pelo menos pelos próximos meses, ficar no local atual. "Ficarei até quando aguentar."

Um comentário:

Anônimo disse...

GOSTEI DAS REPORTAGENS, VOCÊ ESCREVE BEM!!!
PODE SEGUIR CARREIRA.
PARABÉNS
AMANDA