segunda-feira, 4 de maio de 2009

25º homicídio

Homicídio no Canelas II
Jovem assassinado a pauladas e facadas; depois bandidos colocam fogo no corpo


Corpo foi encontrado carbonizado em lote baldio no bairro Canelas em Montes Claros; crime pode estar ligado a guerra do tráfico de drogas que tomou conta da cidade


RUBENS SANTANA

Outro homicídio foi registrado pela Polícia Militar na madrugada de sábado, 2, no bairro Canelas II, zona sul, na região do Grande Major Prates em Montes Claros. Segundo informações da Polícia Militar, foragido da Justiça por ter sido flagrado com 800 gramas de maconha no carnaval de Januária, Sandro Henrique Aguiar Pinto, de 30 anos, o “Sandrinho”, foi morto de uma forma que apresenta características de acertos de contas ou tomada de “boca-de-fumo” por facção rival para a venda de drogas. Militares informaram que Sandro foi morto de uma forma para não deixar “dúvidas” aos matadores.

Ele foi espancado com pauladas, socos e pontapés, logo depois ele foi sufocado, enforcado, recebeu várias facadas no tórax, cabeça e pescoço. Não satisfeitos os matadores enrolaram-no em um lençol e colocaram fogo. “Diante das barbaridades cometidas contra o jovem de 30 anos, outros motivos além das drogas, levaram os bandidos à barbárie”, afirma um policial. Conforme informações obtidas pela reportagem do JORNALISMO MONTES CLAROS, no Major Prates, onde ele já morou, agredia o pai e a mãe, na rua Dois daquele bairro, sendo um dos criminosos mais problemáticos de Montes Claros.

Com 25 homicídios registrados no ano, esse assassinato chama a atenção pelos requintes de crueldade. Crimes como esse deixa a população aterrorizada, uma vez que, só é presenciado em favelas do Rio de Janeiro. O corpo poderia ao amanhecer do dia estar totalmente carbonizado. Ele so não ficou estorricado por que uma pessoa passava pelo local e procurou uma brasa para acender seu cigarro.

De acordo com a testemunha, o marceneiro, É. D. B”, de 43 anos, ao procurar a brasa, ele foi surpreendido com um homem enrolado em um lençol, com um plástico na cabeça e o corpo já em chamas. Ainda de acordo com os militares e curiosos que estavam no local, o jovem era proprietário de um veículo, contudo, o que havia próximo ao corpo seria uma bicicleta, que provavelmente não seria dele. Levantamentos feitos pela PM próximo ao local do crime dão conta que, possivelmente os bandidos praticaram o assassinato em outro local, visto que, moradores próximos informaram que não ouviram um ruído do ato criminoso. Com isso, a PM acredita que Sandro foi assassinado em um outro local e jogado naquele lote vago ateando fogo contra seu corpo.

A PM informou ainda que ele tinha várias passagens registradas pelos meios policiais e um mandado de prisão em aberto no seu nome.

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