quinta-feira, 15 de abril de 2010

CORTEJO FÚNEBRE DOS MATADORES DO TRÁFICO ELEVA PARA 36 O NÚMERO DE ASSASSINATOS

Tráfico de drogas continua travando uma guerra pela disputa dos pontos de vendas

RUBENS SANTANA
Repórter

Possivelmente, a guerrilha imperada pelos sucessores de Ninha e Marlboro, traficantes rivais presos numa penitenciaria de segurança máxima em Catanduvas/PR, para disputar quem comanda o tráfico na maior cidade do Norte de Minas resultou em mais duas mortes elevando o número para 36 somente nos quatro primeiros meses deste ano.

Desta vez o cortejo fúnebre assustou moradores da pacata Rua L, no Bairro Delfino Magalhães, região leste de Montes Claros, na noite de terça-feira, 13.

Segundo a PM, testemunhas ouviram barulhos de motos parando no local e minutos depois uma saraivada de balas ecoou pela vizinhança que ficou aterrorizada. Ao menos três matadores fugiram nas três motos.

Na casa, sobre uma grande poça de sangue, estavam os corpos dos desempregados Daniel Robson Moura, 20 anos, e Adélio Ribeiro Gomes, 18. Daniel e Adélio moravam nos Bairros Conferencia Cristo Rei e Maria Cândida respectivamente.

Eles não conseguiram salvar a boca e a parte da guerrilha perdida pode não soar bem aos ouvidos de um dos dois traficantes presos no Estado do Paraná e, consequentemente, a guerra na cidade será mantida e mais soldados do tráfico podem morrer. Daniel já havia sido preso seis vezes e Adélio uma vez.

Ainda de acordo com a PM, Próximo à entrada da casa, foi visto grande quantidade de cápsulas deflagradas de vários calibres, com muitas perfurações nas paredes, portas, cozinha e no quintal.
Além da duas vítimas que perderam a guerrilha, João Wanderson Pereira Silva, 25 anos, o João Bomba, residente no Bairro Doutor João Alves, também foi ferido pelos tiros.

Ele foi alvejado nos braços e peitos. Uma equipe do Samu socorreu a vítima para o pronto-socorro da Santa Casa onde foi encaminhado para o bloco cirúrgico.

Segundo a PM, foi constatado no sistema da polícia militar que em Nome de João Bomba havia um mandado de prisão com validade até o dia 11 de março de 2030.

Foram encontradas num cômodo da casa drogas embaladas prontas para serem comercializadas e a quantia de R$2.904,90 em dinheiro e uma aliança de ouro.

A perícia compareceu ao local e realizou os trabalhos de praxe, recolhendo os seguintes objetos: cinco cápsulas calibre 380, 10 cápsulas de calibre 9mm, 18 cápsulas calibre ponto 40, seis cápsulas calibre ponto 45 e uma arma que estava na sala.

A equipe do Gipv Grupo integrado de proteção à vida realizou levantamentos e acompanhou a ocorrência. João Bomba permaneceu sob escolta na Santa Casa e não informou quem foi os autores dos disparos. O caso está sendo investigado.

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