terça-feira, 13 de abril de 2010

CORTEJO FÚNEBRE DOS MATADORES DO TRÁFICO PROSSEGUE NA REGIÃO DO GRANDE MAJOR PRATES

Rubens Santana
Repórter

Matadores a serviço de traficantes continuam espalhando o terror na maior cidade do Norte de Minas e, durante o fim de semana, deram prosseguimento ao cortejo fúnebre causado por dívidas e disputas por pontos de venda de drogas. Na região do grande Major Prates, região Sul de Montes Claros, os matadores voltaram à tona e assassinaram mais duas pessoas, uma delas um adolescente de 16 anos.

Cada vez mais precoces no submundo do tráfico de drogas, adolescentes têm sido vítimas do crescente número de homicídios na cidade. Quando entram em dívidas com traficantes ou pretendem ocupar o cargo de gerente, eles são abatidos em disputas, sobretudo em bairros periféricos da cidade.

Aumentando essa estatística, Aurelino Ruam Oliveira, 16 anos, com duas passagens pelos meios policiais, foi mais uma vítima dos matadores a serviço de traficantes. Segundo a PM, Aurelino estava num campo de futebol localizado no Bairro Augusta Mota quando foi surpreendido por dois homens numa moto. Ambos atiraram diversas vezes contra o menor. Ele foi atingido na cabeça e na barriga e morreu na hora. Aurelino morava no Bairro Major Prates. Este foi o quinto homicídio no mês. Aurelino é a 33ª vítima do crescente número de assassinatos que caminha para ultrapassar os números do ano passado.


34ª MORTE: ESTAVA COM UMA PEDRA DE CRACK NA MÃO
A segunda vítima dos matadores a serviço de traficantes no fim de semana aconteceu na madrugada de domingo, 11, no Beco F, Bairro Chiquinho Guimarães, onde, segundo a PM, o desempregado Douglas Christian Rodrigues da Silva, 22 anos, quando passava pelo local, levou quatro tiros.

Testemunhas contaram aos policiais que, por volta de 01h50, ouviram três tiros e ao saírem de suas casas encontraram Douglas Christian gemendo no chão. A equipe do Samu constatou a morte de Douglas no local.

A mãe da vítima afirmou à PM que Douglas havia comentado que precisava resgatar uma camisa que havia penhorado numa boca de fumo e que, minutos antes do crime, vizinhos contaram para ela que seu filho teria saído da casa com uma pessoa desconhecida.

O perito encontrou uma pedra de crack na mão da vítima e duas cápsulas calibre 380 ao lado do corpo. Douglas morava na Rua Sete do Bairro Chiquinho Guimarães. Com mais essa morte, o número de homicídios na cidade já chega a 34, o sexto no mês.

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