Um documento indispensável para o trabalhador montes-clarense não pode ser retirado: a Carteira de Trabalho e Previdência Social (CTPS). Há uma semana, o documento não é expedido pela Subdelegacia regional do Ministério do Trabalho e Emprego em Montes Claros. É quase comum presenciar trabalhadores enfrentando a madrugada fria em frente à Subdelegacia para conseguir o documento.
RUBENS SANTANA
A maioria da população reclama que há vários dias tenta tirar o documento, porém sem sucesso. Fernando Silva Gomes, 24, reclama. Segundo ele, ninguém consegue tirar o documento. “Eles dão uma senha e temos que ficar esperando. Tudo isso porque o “sistema” deles está fora do ar” disse.A auxiliar de vendas Gracielle Silveira Mota, 26, relatou que o problema ocorre há vários dias. “Estou trabalhando e preciso levar a carteira. Se eu não levar, a empresa vai me demitir” observaO gerente regional da Subdelegacia, Ernesto Veloso Costa, informa que o caos persiste há vários dias. “Não temos nenhum suporte para podermos trabalhar. A estrutura é totalmente precária. Até computadores faltam”, diz. Veloso explica ainda que, quando um computador quebra ou dá algum problema, ele é enviado a Belo Horizonte. O procedimento pode demorar de quatro a cinco meses, quando não volta com outro problema. Falta estruturaO gerente regional explica ao Gazeta, que falta de pessoal, computadores e até impressoras. “Às vezes gasto do meu próprio bolso para concertar alguma coisa aqui” revela. O subdelegado lembra ainda, que a Subdelegacia recebe até doações. “A regional arrecada muito para o governo. Nunca vimos nem a cor do dinheiro”. Ele informa que o governo criou um cartão corporativo, porém, está sempre sem saldo. Ernesto disse também que, desde janeiro, o antigo prédio da Receita Federal está disponível para a Subdelegacia. Porém, a delegacia em Belo Horizonte e o Ministério do Trabalho e Emprego em Brasília não fazem esforços para estruturar o local. Com uma iniciativa de todos os sindicatos em Montes Claros, a Subdelegacia conseguiu aproximadamente R$ 20 mil para estruturar o novo prédio. “Temos uma ajuda, mas precisamos é do MTE em Belo Horizonte ou Brasília-DF. Mas, infelizmente, não conseguimos nada. Ninguém consegue falar” afirma.Até o fechamento desta edição, o sistema que emite carteiras de trabalho permanecia fora do ar, segundo informou o órgão do trabalho na cidade. Não há previsão de quando o sistema volte a operar normalmente. Milhares de trabalhadores permanecem sem um documento essencial.
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