Aparato policial questionado pela população
Moradores se divergem quanto ao grande número de policias nas ruas
Forte esquema de segurança deixou a população com uma ‘sensação de’; um grande contingente foi usado para garantir a segurança por onde passou o presidente
RUBENS SANTANA
“Tenho convicção que se todos os dias tivéssemos essa magnificência policial na cidade de Montes Claros, como o que foi visto durante todo o dia de segunda-feira, 6, para chegada do presidente Lula, com certeza o índice de violência seria bem menor do que estamos presenciando nos dias atuais”, essas são as palavras de um morador, L, I, O, de 35 anos, residente próximo ao local onde foi realizado o evento.
Moradores se divergem quanto ao grande número de policias nas ruas
Forte esquema de segurança deixou a população com uma ‘sensação de’; um grande contingente foi usado para garantir a segurança por onde passou o presidente
RUBENS SANTANA
“Tenho convicção que se todos os dias tivéssemos essa magnificência policial na cidade de Montes Claros, como o que foi visto durante todo o dia de segunda-feira, 6, para chegada do presidente Lula, com certeza o índice de violência seria bem menor do que estamos presenciando nos dias atuais”, essas são as palavras de um morador, L, I, O, de 35 anos, residente próximo ao local onde foi realizado o evento.
A reportagem do JORNALISMO MONTES CLAROS cobriu todo o evento e esteve também em diversos locais onde o presidente e sua comitiva passou. Segundo o morador, as autoridades poderiam começar a agir com todo esse aparato policial para reduzir a criminalidade em Montes Claros. “Que as autoridades locais comecem a pensar nisso”, observa o morador.
Outro morador, o advogado, V, O, T., 45 anos, irritou-se quando foi impedido por militares de entrar na própria rua onde reside. “Estão querendo proibir que eu passe na minha própria rua. Isso é um absurdo. Agora vem me falar que houve um cadastramento dos moradores. Eu estava viajando. Chego cansado e não posso entrar. É uma tremenda falta de respeito e uma grande desorganização”, afirma o morador informando que demorou mais de meia hora para percorrer uma distância que normalmente não leva nem dez minutos.
Ele observou que depois de muita conversa, foi liberado pelos militares e conseguiu o famoso direito de ir e vir. Questionado pela reportagem, da importância da visita do Presidente da República a cidade, e de todo aquele esquema de segurança, ele acalmou-se e pediu desculpa a todos pela exaltação. “Estava um pouco nervoso. Não sabia que o local seria esse. Realmente é muito importante pra cidade. Só que podia ser um pouco mais organizado”, enfatiza o advogado.
Uma professora, Andréia Silva Mendes, 24, que estava perto do local participando de uma manifestação, questionou quanto aproximadamente custou essa viagem do Presidente Lula e do governador Aécio Neves a cidade. “A quantidade de policiais de fora, carros alugados, inúmeros aviões, cerimoniais, almoço e outras despesas não são divulgados para o ‘povão’. Tenho certeza que dava para equipar dezenas de hospitais por aí. O governador poderia pensar com carinho em relação ao piso da educação”, afirma Andréia Silva observando que toda a ‘papelada’ poderia ser assinada em Brasília/DF e o que foi gasto na organização do evento encaminhado para o combate a seca na região.
Com isso, opiniões se divergem no que diz respeito a visita do presidente Lula a cidade. Outro morador, Fernando Ribeiro Souza Nunes, 20, informou que todo aparato policial é de extrema necessidade já que, é a visita do mais alto poder executivo. “Concordo totalmente com essas barreiras. Estamos sendo noticiado em todo o Brasil. Somos momentaneamente a Capital Brasileira. O problema é que a população não está acostumada com isso”, enaltece o morador afirmando que, contudo, a PM poderia continuar da mesma forma em várias ruas da cidade que com certeza o índice de criminalidade seria drasticamente reduzido.
A acadêmica, Rosangela da Silva Fróes, 20, de uma universidade próximo ao local afirmou que por volta das 15 horas, deixava a faculdade e estava indo a pé em direção a um shopping, contudo, foi impedida de prosseguir pela avenida José Correa Machado. Segundo ela, os militares a informaram que era por causa das autoridades reunidas no chamado Portal de Eventos.
“Estou revoltada. Esse local nem fica aqui na avenida. Os militares me disseram que não passa ninguém. Está tudo impedido para carro e para pessoas “, afirmou, observando que teve que retornar até a universidade, sair pelos fundos e contornar todo o bairro Ibituruna para chegar ao shopping.
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