sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Justiça do trabalho em novas instalações

Justiça do trabalho poderá ter seis varas em Montes Claros

O juiz e diretor do foro em Montes Claros, João Lúcio da Silva, afirma que na nova instalação três varas serão criadas, com base para mais seis.

Rubens Santana
repórter

O desconforto e as dificuldades nas instalações físicas sucateadas do prédio da justiça trabalhista localizada na Rua João Souto, área central de Montes Claros podem estar com os dias contados. Após sancionar a lei de autoria do vereador Alfredo Ramos (PT), o prefeito Luiz Tadeu Leite já efetivou perante os tramites legais a doação do terreno de 2.865 metros quadrados localizado no Bairro Ibituruna.

Na tarde da última sexta-feira, 26, o juiz e diretor do foro trabalhista, João Lúcio da Silva, reuniu a imprensa na pequena sala de audiências da terceira vara trabalhista e informou que, no local onde será construída a nova sede da justiça trabalhista vai comportar além do serviço administrativo e as três varas atuais, a criação de mais três até o final de 2011 e para um futuro não muito distante, a criação de mais seis varas trabalhistas. “O desconforto nas atuais instalações físicas são visíveis. Hoje temos condições de enxergar novas perspectivas de superação. Todas essas dificuldades serão vencidas. Em um futuro próximo, poderemos ter doze varas trabalhistas em Montes Claros. A agilidade na justiça trabalhista da nossa cidade vai continuar e nós estamos trabalhando para zerar a quantidade de processos”, afirma.

Ainda segundo o juiz, quando as novas instalações estiverem prontas até o final do próximo ano e com a criação de mais três varas, cada vara terá duas salas de audiências trabalhando simultaneamente. “Nós vamos ter duas salas de audiências em cada vara por que hoje temos três juizes titulares e três auxiliares. Atualmente trabalham em cada vara um juiz titular e um auxiliar”, observa.

No mês de novembro do ano passado, o vereador e advogado Alfredo Ramos (PT) havia conseguido que todos os 15 parlamentares municipais assinassem um documento que foi enviado a Brasília/DF. No documento, eles pediam a instalação da quarta vara do trabalho na cidade.

Segundo Alfredo Ramos, com o crescimento da cidade e devido ao fato de aqui se resolver os problemas de toda a região, a justiça trabalhista ficou sobrecarregada. Na época, Alfredo afirmava que é de suma importância a união dos advogados, juízes, políticos, líderes da sociedade civil e a população para que os processos trabalhistas possam ser resolvidos de forma rápida e decisiva. Contudo, além da criação da quarta vara através da câmara dos vereadores, como afirmou o diretor do foro, mais duas varas serão criadas.

Ainda segundo o juiz, estatisticamente, no ano passado o foro recebeu 5205 processos trabalhistas e neste ano, até o dia 26 de novembro, 4515 processos já haviam sido registrados na justiça do trabalho em Montes Claros. Media de cerca de 1500 processos por varas.

Eventos para agilizar a justiça trabalhista








Juiz mostra planta da nova sede e anuncia eventos entre juízes da justiça trabalhista com o objetivo de agilizar ainda mais os processos.

Além das futuras melhorias para funcionários, juizes, advogados e população em geral nas futuras instalações da nova sede da justiça do trabalho, o diretor do foro disse que, eventos serão realizados neste mês de dezembro com o objetivo de integrar juizes para agilizar ainda mais os processos trabalhistas.

Nos dias 6 e 7 de dezembro acontece o encontro regional de juizes de Montes Claros com o intuito de trocar informações para deixar mais ágil as varas trabalhistas na cidade.

O evento vai ser aberto pelo presidente do TRT-MG, desembargador Eduardo Augusto Lobato. Ele vai inaugurar o sistema de sustentação por vídeo conferência que possibilitará a agilidade e redução de custos. Outro tema abordado por João Lúcio é a realização da semana de conciliação marcada para o dia 9 de dezembro. O evento tem como objetivo sanar as falhas do judiciário, procurando movimentar a máquina como forma de concentração de pautas com maior número de conciliação para resolução de conflitos pó mediação entre juízes.

Para resolver o contingente de processos, denominado Arca de Noé, em que há processos em diferentes fases, ele explica que, a sentença resolve uma equação jurídica, mas nem sempre pacífica. Sabendo disso é que o judiciário faz esse esforço, com a realização da Arca de Noé, para que a sociedade pense os conflitos de interesses.

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