sábado, 14 de maio de 2011

Três pistas na Avenida São Judas

Após reunião com vereador, implantação de três pistas na Avenida São Judas está suspensa

Valcir da Ademoc se reune com moradores do São Judas, engenheiros da MCTrans

e o trânsito na avenida continua como era

A polêmica causada no início desta semana sobre a possível implantação de três pistas de rolamento na Avenida São Judas Tadeu, Bairro São Judas, região sul de Montes Claros, foi resolvida e momentaneamente, o impasse está resolvido.

Na manhã de quinta-feira, 12, o presidente da Câmara municipal Valcir da Ademoc (PTB), o vereador Alfredo Ramos (PT), comerciantes e moradores do bairro, além de uma equipe de engenheiros de trânsitos e técnicos da MCTrans, se reuniram para discutir a inviabilidade da implantação de três pistas naquela Avenida.

Valcir da Ademoc enfatizou que foi procurado pelos moradores e comerciantes que estavam preocupados caso a ideia da empresa que gerencia o trânsito na cidade se concretizasse. Frisa que, é papel de todos se preocupar com o trânsito, contudo, o mais importante é preocupar com a vida humana. Conta que no local diversos acidentes já foram registrados pela Polícia Militar, inclusive com vítimas fatais. “A população já presenciou mortes nessa avenida. Tem que haver bom senso por parte da MCTrans”, disse.

O aposentado Antônio Martins de Pinto, de 64 anos, conta que há mais de quarenta anos é morador do bairro. Observa que caso a ideia da empresa de trânsito se concretize, vai ficar impossível alguém entrar ou sair com o veículo da garagem. “Para entrar nas garagens vai formar um grande congestionamento aqui. Vai ficar impossível o trânsito nesse local”, frisa.

O aposentado Antônio Martins de Pinto afirma que caso a ideia da empresa de trânsito se concretize, vai ficar impossível alguém entrar ou sair com o veículo da garagem.

Ainda segundo o aposentado, nos horários de entrada e saída de alunos da escola próxima a avenida, os passeios ficam lotados e algumas pessoas, andam pelo canto da pista o que pode provocar acidentes. “Além dos estudantes, temos um grande número de pessoas que utilizam bicicletas para ir e voltar do trabalho. Onde eles vão andar caso isso seja imposto pela MCTrans?”, questiona.

O cabeleireiro José Carlos Ruas, o Carlim, além de questionar o projeto da empresa de trânsito, observa que no local onde estão querendo implantar as três pistas é inviável porque quando o trânsito chegar próximo a Ponte Preta ou no Bairro Cristo Rei vai precisar de um afunilamento, o que não vai resolver os problemas. “Isso que eles estão querendo fazer não vai refrescar nada. Precisamos de obras que durem trinta ou quarenta anos. Se aumentarem para três pistas, o que vamos ter são muitos acidentes”, afirma

O cabeleireiro José Carlos Ruas, o Carlim, questiona o projeto da empresa de trânsito.

O vereador Alfredo Ramos afirma que é preciso encontrar alternativa uma vez que, a FCA – Ferrovia Centro Atlântica, usa uma grande parte do terreno, não limpa e atrapalha o desenvolvimento da cidade. “A ferrovia é o maior entrave para o desenvolvimento de Montes Claros. Eles usam um terreno de norte a sul e não permitem que a administração faça alguma coisa para melhoria no trânsito”, afirma. Ainda segundo Alfredo, na adminsitração passada, uma verba superior a R$ 350 milhões foi destinada para resolver os problemas no local, contudo, a FCA não permitiu que algo fosse feito.

A engenheira de trânsito Ivana Colen pontuou as reclamações dos moradores, comerciantes e vereadores e usando o bom senso afirmou que, a implantação das três pistas no local está suspensa até que novos estudos sejam feitos. Disse que, em consequência da mão única implantada na Rua Padre Vieira, a alternativa era fazer aquelas mudanças na avenida. Contudo, vai repassar para o presidente Paulo Faustino as reclamações e a não satisfação dos moradores e comerciantes. “A partir dessa reunião vamos suspender essa implantação de três pistas. Nada será feito sem a prévia comunicação com os moradores. Não vamos contrariar a população e não pretendemos fazer com que a via fique sem segurança”, afirma.

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