Vítima já tinha sido baleada em BH e estava sendo ameaçada por traficantes
A reportagem de JORNALISMO MONTES CLAROS esteve no Bairro Chiquinho Guimarães na manhã de domingo, 11, e conversou com uma testemunha que mora próximo ao local onde o corpo foi encontrado. Ela afirmou que era amiga de infância de Douglas Christian e que frequentemente conversava com ele pedindo para que abandonasse o mundo das drogas.
- Sempre conversei com ele para sair desse mundo. Ele chegou ao ponto de isolar todo barracão onde mora para que a fumaça da droga fosse totalmente inalada somente por ele para conseguir um efeito maior - disse.
Segundo a testemunha, há cerca de seis meses, devido a constantes dívidas com traficantes no local, Douglas estava sendo ameaçado de morte no local. A saída paliativa encontrada pela família para evitar a morte do adolescente foi mandá-lo para a capital mineira, onde ele estava trabalhando de servente de pedreiro e aparentemente estava conseguindo ficar livre da pedra que destrói milhares de famílias brasileiras.
Contudo, a testemunha observa que possivelmente ele continuava a usar a pedra, pois, há cerca de seis meses, Douglas foi surpreendido por bandidos num carro
- Douglas me contou que se fingiu de morto para sobreviver. Lembro que ele me falou que ouviu toda a conversa dos matadores, até que um falou assim: ele tá morto. Vamos embora. Mas um outro bandido observou: para não deixar dúvida. E atirou na cabeça de Douglinhas - diz.
Ele ainda conseguiu andar até um posto de combustíveis, onde pediu socorro. Depois de socorrido por uma equipe do Samu, Douglas foi transferido para Montes Claros, onde continuou o tratamento, porém, com as balas ainda na cabeça.
- Quando a gente conversava aqui, eu pegava na cabeça dele e sentia as balas dentro – afirma a testemunha.
Ela conta ainda que a mãe de Douglinhas semanalmente pagava a dívida do filho aos traficantes, porém, estes sempre ameaçavam de morte o filho, que frequentemente pegava drogas.
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